quinta-feira, 1 de março de 2018

dona fernanda









a questão que se punha agora à dona fernanda era para onde fugir quando o mundo desaba?.
dona fernanda chega a minha casa em frangalhos, falta-lhe ar e azul para respirar, falta-lhe o fio da meada da reconstrução dos dias. o que se passou, foi que dona fernanda pôs o seu lado de dentro, de fora, quando o que trazia no peito eram angústias de invisibilidades. há tristezas que apenas são suportáveis nas poesias e nas prosas e teve dona fernanda o descuido de se expor, de se transparecer. agora, descansa o olhar muito além do que vê da minha varanda. e eu calo-me. e ela tem vontade de ser outra, noutro lugar, do nada.







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