mas eu meto-me no carro e vou para outra freguesia, dali do outro lado do rio. as pessoas chegam com lancheiras, tapa-ventos e barracas, mas alguns metros para sul, ou outros até para norte, a praia endeserta-se e é para aí que me chego. mas as pessoas não usam colares ao pescoço, calções de banho sacoor nem polos ralph laurent, nem chapéus de abas largas.
um tapa-vento acima da minha toalha, um casal aproveita o dia manso de quase-verão. terão cerca de sessenta anos, ela está deitada de barriga para baixo, as coxas largas obrigam a que as pernas se afastem. o homem, sentado ao lado dela, com uma lâmina de barbear na mão, tira-lhe com todo o cuidado e carinho, alguns pelos esquecidos na parte de trás da perna, perante os olhares de quem olhar.
na minha aparente solidão, sinto-me protegida por humanos assim, na vizinhança da areia.
eu sentir-me-ia exatamente como tu. gosto de pessoas assim.
ResponderEliminarum beijinho, ana, e boa praia.
gestos de ternura, mesmo fora do contexto, aquecem, enquanto as exibições, gelam...
ResponderEliminarAh, Susana...feriado só por aí...aqui no norte é dia de labuta :)
ResponderEliminarbeijinho e boa praia para ti :)
gelam e arrepiam, Teresa...
ResponderEliminarnunca vejo as pessoas...
ResponderEliminare vês praia?
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