acordo e tu não estás. não estás em lado nenhum.
a amiga que na véspera desabafa que já se passaram quatro anos e que não fez nada por ela mesma. eu que murmuro, quatro anos...só quatro anos? e os outros todos...? e eu...e o tempo... adormeço. sou muito boa a adormecer, e acordo com o peso todo do mundo no corpo, colada à cama pareço o homem-pedra. por dentro e por fora.
o dia está todo cinzento. de uma só tonalidade e as árvores nem mexem. diria que não vivo, não fosse o barulho dos dedos que batem nas teclas do computador onde escrevo.
distraio-me a vê-los saltitarem de letra em letra, sabendo de cor os lugares de cada uma. escrevo de olhos fechados sem errar uma que seja. esvazio a cabeça e deixo-os escrever sozinhos, bem melhor do que eu o faria. ficaria aqui o dia todo, se pudesse, assim. saltitando os dedos.
é um tempo de cinza, este que vivo sem ti. é um tempo nulo,
este que atravessa os dias de espera.
tempo de cardos no coração. tempo que se amachuca numa folha de papel escrita.
nada, a não ser a respiração que acredito ser minha.
o mundo desfaz-se apressadamente
Al Berto
tempo de cardos no coração. tempo que se amachuca numa folha de papel escrita.
nada, a não ser a respiração que acredito ser minha.
o mundo desfaz-se apressadamente
Al Berto
magnífico. tudo.
ResponderEliminaroh...Laura, obrigada :)
ResponderEliminarHoje, nem os dedos me saltitam...
ResponderEliminarUm beijinho, querida ana :)
A mim também não, Miss....
EliminarBeijinho:)
felizes os dedos saltitantes :)
ResponderEliminarsaltitantes e livres :)
ResponderEliminarcomo pardais novos que mal sabem pousar :)
ResponderEliminareles sabem voar (vêm direitinhos aqui para a varanda), não sabem comer...já viste?...
ResponderEliminarsabes caminhar mas não sabes alimentar-te, com fartura de comida à tua frente...