sábado, 21 de maio de 2016

melra































enquanto o chá arrefece, sigo com o olhar o voo dela, para o cimo de uma árvore do outro lado do jardim. a melra reconhece-me de outras vidas, enterneço-me a acreditar. fica calma na varanda a olhar para mim, sem desconfiança. não foge como os pardais. falo com ela em voz alta e confesso-lhe o meu querer tão distante. ela fala-me das estações e do tempo e da calma das árvores, e fala-me do vento e das nuvens, da rotação da terra e das idas e vindas da natureza, e de tudo o que os olhos do corpo não vêm. só não me fala de pele, da minha, tão ausentada da tua.















9 comentários:

  1. Há ausências sempre presentes, que se sentem no bater de asas dos pássaros, na delicadeza do mundo que se assoma à nossa varanda.

    Um beijinho, querida ana :)

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  2. em tudo, Miss :)

    beijinho, esperançoso de que estejas bem :)

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  3. OI ANA!
    AUSÊNCIAS TÃO PROFUNDAMENTE SENTIDAS QUE SE APRESENTAM DE VÁRIAS FORMAS, PORQUE NA VERDADE, NUNCA SAÍRAM DE NOSSAS MENTES.
    JÁ TE SIGO.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  4. É assim a vida, para todos.
    Bom domingo? Zilani.

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  5. É assim a vida, para todos.
    Bom domingo? Zilani.

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  6. Já te disse para não tomares pela noite aquele chá que te provoca alucinações, mas tu insistes :))

    (muito bonito ana)

    beijinho e bom domingo

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  7. toda eu sou alucinações...

    (obrigada vizinha:))

    bom domingo, espraia-te...

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  8. o que as melras sabem... nós nem sonhamos.

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  9. a sabedoria dos ventos e das árvores e das fêmeas.

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